Monday, May 31, 2010
Taxi-aéreo é G ou N no campo 8 do PVC?
A publicação que referencia tal assunto na parte de preenchimento de plano de vôo da MCA 53-1 é a ICA 102-8.
A MCA 53-1 é bem claro referenciando a letra N para transporte não regular as aeronaves pertencentes ao GRUPO II. De acordo com a última versão de 2009 da ICA 102-8, o item 1.4.2.2 de aeronaves privadas a letra C diz o seguinte.
“c) Serviços de Transporte Público Não-Regular - Táxi Aéreo;”
O operador AIS pode ficar com uma pequena dúvida ao ler o ITEM 14.1 do Grupo I onde simplesmente está falando das aeronaves de empresas de transporte aéreo registradas em HOTRAN ...
Diz a letra C do GRUPO I:
"c) NÃO REGULARES – de carga e/ou passageiros, de empresas brasileiras ou estrangeiras, em voos não previstos em HOTRAN, excluindo-se as empresas de táxi aéreo".
Na realidade esta atividade NÃO REGULAR para o grupo I é simplesmente para as aeronaves de empresas aéreas em vôo não previsto em HOTRAN. Ou seja, de acordo com a ICA 102-8 uma aeronave por exemplo da GOL, fazendo um vôo charter de passageiros deve se considerar a letra S no campo 8 e ainda confirma esta informação no item 1.4.1.1 – “As aeronaves constantes das alíneas “a” e “b”, quando efetuando voo de fretamento, reforço, traslado, de carga e/ou charter, não previsto em HOTRAN, permanecem enquadradas no GRUPO I”.
Lendo a AIP BRASIL parte GEN 4.1-2 no item 8 é possível confirmar também a informação:
"8 SISTEMÁTICA PARA COBRANÇA
8.1 Generalidades
8.1.1 Para efeito de cobrança pelo uso dos serviços prestados pela infra-estrutura aeronáutica serão consideradas:
a) no Grupo I - as aeronaves das empresas de transporte aéreo:
- NACIONAIS REGULARES - quando em cumprimento de HOTRAN (horário de transporte);
- NACIONAIS REGIONAIS - quando em cumprimento de HOTREG (horários de transporte aéreo regional);
- ESTRANGEIRAS - quando oferecem ou operam um serviço internacional regular, em cumprimento de Acordo
Bilateral e de HOTRAN (horário de transporte), com pouso ou sobrevôo do território nacional; e
- NÃO REGULAR - quando oferecem vôos de carga ou passageiros (vôo charter).
b) no Grupo II - as aeronaves da aviação geral e do transporte aéreo não regular, enquadradas nas seguintes atividades:
- administrativa;
- táxi aéreo;
- transporte privado;
- serviço de indústria e comércio;
- instrução;
- recreio;
- demonstração; e
- serviços especializados."
O Código Brasileiro de Aeronáutica também aborda o assunto no artigo 220 e diz o seguinte:
“Art. 220. Os serviços de táxi-aéreo constituem modalidade de transporte público aéreo não regular de passageiro ou carga, mediante remuneração convencionada entre o usuário e o transportador, sob a fiscalização do Ministério da Aeronáutica, e visando a proporcionar atendimento imediato, independente de horário, percurso ou escala”.
E na sua opinião é G ou N o tipo de vôo para taxi-aéreo? Você pode comentar no link de comentários.
Fontes: ICA 102-8 - Mensagem CONFAC
MCA 53-1 - Manual do Especialista AIS
CBA - Código Brasileiro de Aeronáutica
Matéria escrita por: MARCILIO PINTO DE VASCONCELOS
Wednesday, May 26, 2010
História da Ponte Aérea RIO - SP
Vale a pena baixar o link. A matéria traz um vasto conteúdo histórico com fotos que ilustram momentos que deram início a um dos inventos mais fabulosos da aviação brasileira.
A matéria pode ser acessada direto no link
http://www.revistaflap.com.br/pdf/Ponte_Aerea.pdf
Ou acessando o site http://www.revistaflap.com.br
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Fonte: REVISTA FLAP INTERNATIONAL: http://www.revistaflap.com.br/
Thursday, May 13, 2010
AIS – Serviço de Informações Aeronáuticas
O AIS tem a responsabilidade de colocar nas mãos dos comandantes das aeronaves toda e qualquer informação importante para o planejamento e segurança do voo. Uma omissão, ou a disponibilização de alguma informação incorreta, implica grave perigo para a segurança. O objetivo do Serviço de Informação Aeronáutica é assegurar o fluxo de informação e dados necessários para a segurança, regularidade e eficiência da navegação aérea internacional.
DIA DO ESPECIALISTA EM INFORMAÇÕES AERONÁUTICAS
Fontes:
- MCA 53-1 – Manual do Especialista em Informações Aeronáuticas
- ICA 53-2 - SALA DE INFORMAÇÕES AERONÁUTICAS DE AERÓDROMO (SALA AIS)
- DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo - www.decea.com.br
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Tuesday, May 11, 2010
O A380 e suas diretrizes operacionais específicas
O A380 tem dimensões que fizeram com que um grupo peritos europeus e americanos da OACI trabalhassem na recategorização da aeronave devido a esteira de turbulência prevista nos documentos internacionais.
O seu peso máximo de decolagem chega a 562.000 toneladas na categoria de passageiros e 590.000 na de cargueiro. Com uma envergadura de 79,80m e um diâmetro de 7,14 m na sua fuselagem o A380 superou praticamente todos os números dos grandes aviões comerciais do mundo
Com isso, apesar de enquadrado na categoria H de esteira de turbulência, foi necessário criar uma categoria e uma fraseologia especial para esta aeronave. A letra J foi adotada para esteira de turbulência e a expressão SUPER na fraseologia.
Quando uma aeronave MÉDIA ou LEVE decolar atrás de um A380 é necessário respeitar o mínimo de 4 minutos para decolagem da seguinte. No caso de pouso de um A380 seguido de decolagem de um outro avião na mesma pista é necessário pelo menos 3 minutos de separação.
No caso da separação vertical é necessário acrescentar 1000 FT nas regras mínimas de separação previstas. A separação radar para esteira de turbulência para aeronaves de categoria pesada, média e leve são respectivamente 6NM, 7NM e 8NM.
Foto: Airliners.net - Yunjin Lee - Korea Aero Photos
A380 da Emirates pousando em Seoul - Incheon International (ICN / RKSI)South Korea, April 25, 2010
Agora, engana-se quem pensa que ele é o maior avião do mundo. Na realidade o maior avião do mundo é o SUPER CARGUEIRO Antanov An225, capaz de decolar com o peso máximo de 600t. O Antanov An225 possui dimensões que superam o A380. Com uma envergadura de 88,4 m e comprimento de 84 m é indiscutivelmente o MAIOR AVIÃO DO MUNDO.
Apesar disso, no campo da categoria de esteira de turbulência do plano de voo do AN225, deve ser colocado a letra H e não a letra J como no caso do A380. A AIC 25/08 só contempla o A380, talvez pela quantidade de A380 já entregues no mundo (27 no total de 202 aeronaves encomendadas até hoje). Já o AN225 só existe uma única aeronave no mundo em atividade.
Antanov AN225 pousando no Aeroporto Internacional
de Guarulhos - Gov. André Franco Montoro - SBGR em 14 de fereveiro de 2010
FICHA TÉCNICA DAS AERONAVES
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Airbus A380Tipo: Avião comercial
4 motores Turbofan Rolls-Royce Trent 900, produzindo um esforço de 311 kN, (70 000 lbf), ou Engine Alliance GP7200 340 kN (76 500 lbf)
Fabricante: EADS Airbus
Primeiro vôo: 27 de Abril de 2005
Capacidade de 555 a 845 passageiros
Comprimento 72,75 metros
Envergadura 79,80 metros
Altura 24,08 metros
Velocidade máxima 970 km/h
Peso máx. decolagem 560.000 kg
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Antanov AN225
Tipo: Avião cargueiro
Propulsão: 6 turbinas ZMKB Progress Lotarev D-18T (com 229,50 kN de propulsão cada)
Peso máximo de carga permitido para conseguir decolar: 600 t.
Peso máximo de carga útil (interna ou externa): 250 - 275 t.
Envergadura de asa: 88,4 m
Comprimento: 84 m
Velocidade: 865 km/h
Altura: 18,1 m (excluindo o trem de pouso)
Dimensões de carga: 45,35 m de comprimento; 6,4 m de largura; 4,4 m de altura
Autonomia de voo com carga máxima: 4.500 km
Autonomia de voo com tanques de combustível cheios: 15.400 km
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Lendo a AIC 25/2008 você pode conhecer mais as diretrizes operacionais para o A380. Boa Leitura!
Fontes: AIC 25/2008 / AIRBUS.com
Matéria escrita por: Marcílio Pinto de Vasconcelos - AIS SBTU
Auxílio visual VASIS
O sistema é constituído por duas ou três barras de luzes instaladas perpendicularmente a pista. Estas barras são constituídas de uma, duas, ou três caixas de luzes no lado esquerdo ou em ambos os lados da pista. Cada caixa contem 3 lâmpadas de alta intensidade, instaladas por traz de um filtro dividido horizontalmente, projetando um feixe de luz nas cores branca na parte superior e vermelha na parte inferior.
Quando o piloto se aproximar para pouso deverá enxergar o auxilio visual da seguinte forma:
a) em cor branca a primeira barra e em cor rosa a segunda barra, quando estiver voando acima da trajetória de aproximação;
b) em cor branca a primeira barra e em vermelho as luzes da segunda barra, quando estiver voando dentro da trajetória de aproximação;
c) em cor rosa a primeira barra e em cor vermelha a segunda barra, quando estiver voando abaixo da trajetória de aproximação.
Sendo assim o piloto deve sempre buscar a primeira barra branca e vermelha na segunda barra para que tenha certeza que estar certo na rampa, podendo seguir para pouso.
É necessário a confecção de prenotam do auxílio vasis quando:
a)Inoperância total do auxílio
Exemplo:
25/03/10 15:01 - 25/08/10 22:00
VASIS (AVASIS) RWY 05 U/S
REF: ROTAER 3-I)
(G0396/2010)
b)Brilho reduzido a uma intensidade – Ex: VASIS RWY 18 OPR REDUZIDO A BRILHO 3
c) Vasis operando somente com brilho 5 – Ex.: QLVXX E)VASIS RWY 18 OPR SOMENTE BRILHO 5 O brilho 5 poderá ofuscar a visibilidade do comandante principalmente em pouso noturno.
Você pode aprofundar mais seus conhecimentos sobre o auxílio visual VASIS no nosso Manaul do Especialista em Informações Aeronáuticas - MCA 53-1
Fonte: MCA 53-1 – Manual do Especialista em Informações Aeronáuticas
Matéria escrita por :
MARCÍLIO PINTO DE VASCONCELOS - AIS SBTU
Plano de voo SBBE - SBBR
FF SBAZZQZX SBRJZXIP SBBRZTZX
151700 SBBEYOYX
(FPL-PR-ANC-IG
-C560/M-SDGRWY/S
-SBBE1800
-N0420F430 UW6
-SBBR0150 SBGO
-OPR/ANC SA EET/SBBS0115)
Fotos: airliners.net - CESSNA 560 CITATION